Pouco mais de três
anos se passaram desde o desencarne de meus dois filhos. Oito meses depois, fui
abençoada com um lindo presente que me trouxe a paz que eu precisava tanto. Uma
carta psicografada pela Asseama trazia lindas notícias de Cleo e Faruk.
Apesar da saudade,
que ainda machuca, a dor da perda seria substituída por uma profunda sensação
de dever cumprido. Como me foi dito pela espiritualidade naquele momento, eu
fui mãe e pronto. Entreguei minha
alma e fui a melhor mãe que poderia ser. Ninguém pode me tirar isso.
Os seres de luz
reconheceram meu trabalho mais valioso, talvez o mais importante que eu vá
realizar nessa existência, porém, os humanos a meu redor, ainda não estão
prontos para tanto.
E essa falta de
reconhecimento é que dói tanto nessa data, muito mais do que a saudade, muito
mais do que as lembranças dos piores momentos em que presenciei o sofrimento
daqueles que mais amei.
Dezenove anos sem
nunca ter escutado um simples e merecido “Feliz dia das Mães, Maya”.
Todo ano eu sinto
essa dor em forma de luto. Por que eu venci como mãe, mas as pessoas que
deveriam ser importantes na minha vida, parecem só enxergar os momentos em que
falhei.
Foi por isso, que
resolvi compartilhar com o mundo, esse tesouro que venho guardando a sete
chaves por tanto tempo. Quem sabe assim, eu me curo de vez dessa carência de
gente... Quem sabe eu consiga ser enfim, o que sou na essência, diferente,
menos gente e mais luz...
Eu sei que
dificilmente alguém vai ter interesse em ler a carta e se lerem, as
chances são grandes de não entenderem o seu significado e valor. Mas, farei
isso por mim! E por todas as outras mães invisíveis desse planeta...
Gostaria de agradecer
a minha própria mãe, Celeste Teixeira, pois apesar de também não compreender bem,
ainda assim conseguiu enxergar o valor da minha obra. Te amo muito!