sábado, 17 de dezembro de 2016

O que ninguém mais vê (04 de dezembro, 2016)



Olho no espelho, olhos nos olhos
Vejo algo que ninguém mais vê
A dita beleza se esconde por trás do medo, da incerteza
Olheiras profundas, um corpo que sente
Todo o trabalho por trás de uma mente
Pulsando, ardendo
A boca amarga, a carne fraca
Calor e frio, calafrios ao vento
Os dedos que tocam, sem precisar tocar
O sal das lágrimas, o suor intenso
Fadiga e anseio
Pelo que foi e pelo que virá
O peito acelera, convulsiona
As pernas fraquejam
Águas revoltas me levam de mim
Não consigo me conter
Ventos nervosos, me estraçalham, espalham
Nesse momento não sou mais nada
Apenas estou... Em toda parte

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