Fui largada a apodrecer sozinha nesta terra de humanos
Terra que nunca amei, ou pertenci...
E nunca pertencerei
“Amada mãe Terra”, como posso ser tua,
Se órfã sou, de pai e mãe
Aqueles que deveriam ter me ensinado a te amar,
Ó vida sofrida,
Ambos desistiram de ti, e de mim, sua única filha e tão querida,
Tão querida..., porém, insuficiente razão de existir
No esforço diário, me vejo esgotada
Mas a batalha é eterna, pois, meu direito foi negado
Direito de ir embora, desistir
Se fui eu quem fez a escolha de ter vindo parar aqui,
Como pode de mim ser tirado o consolo do arrependimento?
Deus, se és amor, compaixão
Afasta de mim este cálice então,
Pois minhas forças se foram, escoando ao vento
Nestes 44 anos de dor e sofrimento
Preciso parar,
Parar de tentar, de lutar,
De acreditar que um dia tudo muda
Pois não vai mudar!
Meus pais eram vazios por dentro,
Eu, sou vazia por fora... ao meu redor, nada se encontra, não há vida, não há nada
Apenas sobrevivência, e esta, é amarga
As lembranças, tingem meu corpo com suas marcas e traumas
Talvez nada tenha sobrado de são
Irreparável destruição!
Girando em círculos, meus dias se repetem
Neste constante enrolo,
Eu me prostro a ti Senhor,
Implorando as migalhas de tua imensa bondade
Implorando respostas inexistentes
Carente de amor, de intimidade
Morrendo a mingua, sem ter sequer, começado a viver...
M.Rubinger
Sua sensibilidade na escrita é incrível. Parabéns!!!!
ResponderExcluirObrigada Anônimo! Seja bem vindo..
ExcluirFeliz por ter você escrevendo perfeitamente o que sente. Isto é muito incrível!
ResponderExcluirGratidão 🙏
ExcluirMe identifiquei com seu texto...
ResponderExcluirSeus olhos não mentem, afinal..
Meu fim de tarde foi excelente devido a eles. Parabéns pelo trabalho.
Oi Thiago, gratidão 🙏
ExcluirFico muito feliz com suas palavras!