04 de Novembro de 2024
Memórias de Xawdoon
Criei esse espaço para dividir um pouco do meu mundo e esse trabalho que teve inicio em 1992. Uma coletânea de poemas, cartas e textos. Por quase 20 anos, convivi com um bloqueio criativo e nesse tempo não produzi quase nada. Recentemente obtive a bênção de voltar a fazer algo que amo...
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Queria te contar...
terça-feira, 25 de junho de 2024
Propósito
Santa Catarina, 25/06/2024
Propósito
Que propósito?
Sabes dizer?
O meu... o nosso...
O coração que clama por Ele mas não O reconhece.
A vontade de existir por algo além das vontades e sonhos.
Servir? Mas a quem? A Deus, aos homens... As causas dantes objetivas... agora, nada parece real.
Vazio existencial. Ah o propósito, qual seria ele então?
Tudo me cerca de vazio, não apenas meu vazio...
O vazio humano, das festas e aparências, o dinheiro insano, Matriz da minha alma!
Ilusão, ilusões... fracassos, tentativas em vão...
Como saber então, se nada mais faz sentido? E será que fez um dia?
Como viver, e fazer sentido de uma vida que tanto poderia ter alcançado?
O suor árduo do trabalho nunca realizado, sobreposto agora pelo cansaço da idade, pelos tempos perdidos em devaneios juvenis.
A boca que não queria se calar, agora se fecha e enche de teias, pois as palavras que as habitavam outrora, hoje, servem apenas a discórdia de Babel.
Eu não sei onde estou, nem se ainda chegarei aonde deveria ir...
Sei apenas que a luz das estrelas do norte, pararam de brilhar a muito tempo e a carne, se acostumou a apenas esperar milagres desfeitos pelo tempo.
Dentro de mim, a esperança teima, dizendo não a vontade de desistir totalmente, de tudo. Cansada de procurar respostas que nunca chegaram e talvez... nunca chegarão.
Porém o sangue continua pulsando, há uma vida aqui dentro que não quer cessar, por simples amor a mim mesma e a aquilo que prezo.
A escravidão da matéria, suja minha alma desse lodo humano que invade minhas narinas, invade meu querer... violenta meu espírito impondo seu corpo súcubo, imundo, mais uma vez sobre meu direito de respirar. Direito de ser e não apenas de estar!
São tempos apocalípticos para a Mãe Terra e seus filhos ingratos.
Tempos de separação, o joio e o trigo que não mais podem habitar a mesma esfera.
Porém, o apocalipse interno me impede de estar entre os meus,
De ver com clareza por entre as brumas do meu desespero.
A mente que teima em gritar as palavras e perguntas que a boca não obteve resposta.
As dores do meu castigo, castigo da encarnação...
Se fiz por onde merecer tal retrocesso,
Não sei como merecer a salvação.
M. Rubinger
domingo, 25 de setembro de 2022
My little piece of Blues
What do you see when you look at me?
How deep can you go, when you dive into my eyes?
You and I... We were old friends...
From a time before time
When none of these fears existed
And cant’s and don’ts didn’t take place
But we went apart, we walked our own paths
Until the music brought me back to you
That day we met, we found each other’s faces in the crowd
I didn’t know how to behave... what to say or don’t
But you just stood there, beside me... the whole time
And even though we barely spoke
We knew enough to just be
I missed you my dear friend
I missed you so... through all those years
But now that we have a chance... to be us again...
You break my heart… once again
Oh God! How is this fare?
That I’m the only one how remembers…
M.R
sábado, 7 de maio de 2022
Turn around
Look the other way
You’re not one of them
You’re not!
Stop trying, it’s a waste..
You’re just different, you’re something else..
This world may need you
But not as “They” are
Maybe as you are, and will Always be
As Jesus who suffered for loving them so Much
And still gut fucked over...
But you are not Jesus
So don’t wait till you get too hurt to be able to stand anymore..
Let them be.. let them destroy each other
Let them end their own world
Let them end their own kind
Because that’s what they are best at!
It doesn’t matter anymore
Cuz you don’t belong here
And if this world ends.. You’ll be able to return home
To return to those who actually are your Family...
Do what you can for those who actually still matter
And maybe.. just maybe
You’ll own again the right to go home...
Fetchet owl/ M.Rubinger
quinta-feira, 28 de abril de 2022
Fui largada a apodrecer sozinha nesta terra de humanos
Terra que nunca amei, ou pertenci...
E nunca pertencerei
“Amada mãe Terra”, como posso ser tua,
Se órfã sou, de pai e mãe
Aqueles que deveriam ter me ensinado a te amar,
Ó vida sofrida,
Ambos desistiram de ti, e de mim, sua única filha e tão querida,
Tão querida..., porém, insuficiente razão de existir
No esforço diário, me vejo esgotada
Mas a batalha é eterna, pois, meu direito foi negado
Direito de ir embora, desistir
Se fui eu quem fez a escolha de ter vindo parar aqui,
Como pode de mim ser tirado o consolo do arrependimento?
Deus, se és amor, compaixão
Afasta de mim este cálice então,
Pois minhas forças se foram, escoando ao vento
Nestes 44 anos de dor e sofrimento
Preciso parar,
Parar de tentar, de lutar,
De acreditar que um dia tudo muda
Pois não vai mudar!
Meus pais eram vazios por dentro,
Eu, sou vazia por fora... ao meu redor, nada se encontra, não há vida, não há nada
Apenas sobrevivência, e esta, é amarga
As lembranças, tingem meu corpo com suas marcas e traumas
Talvez nada tenha sobrado de são
Irreparável destruição!
Girando em círculos, meus dias se repetem
Neste constante enrolo,
Eu me prostro a ti Senhor,
Implorando as migalhas de tua imensa bondade
Implorando respostas inexistentes
Carente de amor, de intimidade
Morrendo a mingua, sem ter sequer, começado a viver...
M.Rubinger