Minha mãe...
É tão confuso pra mim...
Meu maior inimigo.. minha maior aliada
Te odiei tanto, por tanto tempo
Hoje te amo com toda força.. mas também, com tanta dor
Nada se encaixa.. além do seu abraço
Palavras frias.. coração cansado..
Me destruístes.. tentando me amar
Proteção demais.. e nenhum norte
Meu caminho é escuro e solitário..
Não há mais nada, além do abraço
E mesmo este.. as vezes me parece vazio
Vazio como a minha alma nesse instante
Olho em torno, procurando...
Uma mão amiga, um guia.. um norte
E nada
Não há mais nada nem ninguém ao meu redor..
Quando fiz 18 anos, você disse “tenho a sensação de ter acertado”.
Em que? 24 anos depois, eu ainda não sei...
Sinto em meu peito, que nada foi certo. Que nada foi útil..
Pra nenhuma de nós
Que vivemos uma vida miserável a toa.
A gente nunca vai conseguir.. Porque você parou de tentar com o tempo e eu..
Fiz tudo que podia .. sem resultados..
A dor que você me causa nunca vai passar.. não importa quantas vezes eu te perdoe..
Não importa quantas vezes você me perdoe.
Estou órfã nesse mundo maldito
Órfã de pai, de mãe, amigos.. de uma vida
Talvez órfã de mim mesma também
Por que mãe? Pq você me trouxe de volta?
Pra me punir ou pra se punir?
Porque nossas vidas não passam disso afinal..
Nenhum sentido.. nenhum resultado..
Ambas perdemos, o tempo todo
E perdemos nossa vida tentando nos encontrar uma na vida da outra
Você devia ter aberto mão de mim quando teve chance
Porque fazer isso agora é simplesmente muito cruel
Você me deu a vida e por tanto ..
Lhe imploro que a tire de volta pra que talvez assim eu possa renascer.. ter outra chance
Eu não quero morrer de novo..
Mas também não quero essa vida que não me pertence..
Onde sou apenas coadjuvante da sua sobrevivência
Porque você não vive
E eu também não
Não quero mais seguir apenas existindo..
Mas também não tenho mais forças. Não consigo mais ver a luz..
As vezes penso que ela talvez nem exista..
M.
Prezada,
ResponderExcluirSou mestranda em Educação e estou realizando uma pesquisa sobre mulheres diagnosticadas tardiamente com a Síndrome de Asperger ou TEA falando sobre seu passado escolar. Faltam trabalhos sobre o autismo no feminino no Brasil. Adoraria que você me concedesse uma entrevista! Se tiver interesse, entre em contato pelo e-mail flavialc10@hotmail.com .
Muito obrigada,
Flávia
Olá, gostaria de poder conversar c vc. Temos muito em comum,sei que podemos unir forças.
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirAdorei seu texto.
ResponderExcluirObgda Eduardo!
ExcluirOlá tudo bem? Como vai você? Espero que esteja bem e feliz! Não posso dizer que adorei seu texto, pois ele trás uma dura passagem de vida. Compadeço-me a princípio. Mas em questão de escrita, você é fera, pois desperta sentimentos nos leitores com a forma que escreve. Depois prometo refletir para você todo ele. Sucesso na carreira! Vou deixar uma frase que li: ''A escultura já está lá, você só precisa enxergar através das coisas que você não precisa.'' Para se descobrir, nós mesmos que temos que pegar o martelo e a talhadeira, aí sabemos como bater, e o tamanho da dor das pancadas que podemos suportar.
ResponderExcluirFica esse código: Você já é feliz,mas não precisa da tristeza, já é rica, mas não precisa se sentir pobre, já é amada, mesmo por sua mãe, mas não precisa lembrar das amarguras. Ontem você foi, hoje você é e amanhá sempre será a ''M '', basta seguir em frente aprendendo novamente a ver. Felicidades!!!Feliz Ano Novo!!!!
Mário Sérgio