É
tudo tão estranho
Você,
eu, não sei ao certo...
E
esse amor que se move lentamente aqui dentro
Amor
tão difícil, tolo, mas puro
É
forte, incerto
E me
invade desde um frio nas extremidades dos pés
À um
tremor na boca do estômago
Meu
corpo se abre para esse sentimento sincero
E me
cala
Fazendo
as palavras se diluírem num misto de medo e prazer
Talvez
inconsciente, mas me olhas de um jeito tão doce...
Não
posso evitar o desejo de tê-la nos braços
Te
amar, te fazer mulher...
E
quando tudo perde o sentido
Se
fundindo em meu pensamento
Só
posso lembrar-me de ti, a única imagem que não se apaga...
Mas
tão distante estás
Que
se assemelha a um oásis em meio ao deserto mais quente
É
como te vejo
A
água que mata minha sede
A
sombra que ameniza meu calor
O
vento que me afaga os cabelos
Porém
nada posso fazer a não ser esperar
Tentando
encontrar desesperadamente o caminho deste paraíso
Que
cada vez mais longe se encontra
Estou
andando em círculos
Preciso
voltar, mas não sei o caminho de casa
O
perdi no momento em que passei a te amar...
Tento
contentar-me com o simples fato de admira-la à distância
Já é
o bastante
E a
memória me falha, ao voltar a mim e perceber que o tempo passou
E eu
só fiz te querer
Assim
como um animal faminto deseja sua presa
Mas
não ataco, não poderia
Prefiro
contrariar a natureza, a me arriscar a te ferir
Não
quero que sofras
És
boa demais pra isso
Só
queria saber porque o destino é tão cruel as vezes...
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