Enfim
cheguei em casa
Tomei
um banho quente
Caí
na cama já quase inconsciente
Foi
uma noite longa
Muitos
sonhos, muita gente
Minha
cabeça zunia
Eu
me debatia...
Acordei
me sentindo estranha
Olhei
em torno de mim
Fui
fazer o café
Já bem
mais tarde
Depois
de ler o jornal
Notei
que algo estava errado
Mas
o que?
Tudo
a minha volta parecia diferente
Mas
nada mudara, certamente
A
janela?
Fui
para a porta da frente
Olhei
a rua
De
súbito, percebi que a vida seguia
Para
toda aquela gente
Pessoas
trabalhando
Crianças
estudando
Os
bancos abriam as portas
Era
dia de pagar as contas
Que
contas?
Que
gente?
Que
dia tão diferente...
Nada
havia mudado
O
mundo e seu cotidiano
Era
eu que deixara de ser a mesma
Fui
apresentada de repente
Ao mundo
de gente grande
À
vida real
Achava
que fosse mais fácil
Que
o pior já tinha passado
Não,
não quero crescer
Machuca
demais
É
isso que é ser adulto?
Voltei
pro meu quarto
Chorei,
pensei...
Mas
continuo sem entender
Recusando-me
de toda forma
A
seguir, a crescer...
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