sábado, 24 de setembro de 2016

O último adeus (22/06/1994)



Querido,
Não choro mais
Não te preocupes
Encontrei a paz
Enfim consigo entender
Casa-te com ela
Você a ama
E eu não sou empecilho
Não quero deter-te, nem posso
Sou vento remoto, passado
E nem cheguei a perpetuar-me nas vozes do teu íntimo
Mas cuidado
Nem todos os maus tempos terminam bem
Assim como nem todas as casas
Sobrevivem a tempestade
Existem ventos e ventos...
Nem todos são como eu
Tu és como a brisa
Quando vem a bonança
Calmo, Sincero, puro
Tens tudo, assim como eu
Tenho a ti, meu amigo
E apesar da distância
Posso sentir-te inconstante
Pairando levemente sobre o meu ser
Um último adeus
Um dia volto pra te ver...

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